sábado, janeiro 21, 2006

 

O CAMPO DE FUTEBOL

Em imóvel adquirido por doação, da parte dos fundos dos terrenos de Veríssimo Couto e de Salomão Mufarred, em área confinante, foi construído o campo de futebol da FEIJ. A área foi aterrada com material retirado na escavação da primeira piscina da FEIJ, em 1941.

O muro do campo de futebol, pela Travessa 3 de Maio, foi construído em 1970, pelo mestre-de-obra Antônio, conhecido como “Velho”, com a colaboração dos feijianos. Os feijianos cavavam o terreno para o alicerce, carregavam areia, cimento, pedra e ferragens, quebravam pedra, preparavam a massa do cimento, ou seja, realizavam todo o trabalho, digno de um ajudante de pedreiro.

Do final da década de 40 até o final da década de 60, as Associações da FEIJ tinham grandes equipes de futebol de campo. As partidas pelo campeonato da FEIJ eram disputadíssimas. Nas partidas decisivas, a rivalidade e o equilíbrio técnico das equipes, obrigava a escalação de um árbitro neutro da Federação Paraense de Futebol. O árbitro que atuou na maioria desses jogos foi o veterano José Souza (também era servidor da extinta Parah Eletric).

As equipes, com algumas alterações, basicamente, tinham a formação seguinte:

Associação Couto de Magalhães

Maroja, Pai Francisco e Vital, Turiano, Formigão e Velasco, Eleotério, Jeju, Virgílio, Navarro e Alfaiate.

Banco: Vitalzinho, Formiguinha, Campos, Mota Feio e Guará.

Associação Benjamin Sodré

Edson Branco, Julio e Boticario, Badú, Hosana e Calandrini, Mário Santa Helena, Sessenta, Carlos Alberto, Édson Parente e Câmara.

Banco: Guilherme, Adolfinho, Becão e Nerval.

Associação Geraldo de Carvalho

Souza, Washington e Mendes, Laudomício, Sodré e Peixoto, Cecéu, Moraezinho, Alfredo, João Sobrinho e Adonai.

Associação Braz de Aguiar

Caveira, Penna e Carteiro, Bara, Wildemar e Rumiê, Cardoso, Batista Campos, Heraldo, Cardozinho e Didi.

Banco: Graviola, Pelé, Nêna e Florêncio.

Naquela época os craques dos times de futebol de campo das Associações da FEIJ tinham ares de profissional, pois jogavam com chuteiras e meões.

Parte do campo de futebol - com medida oficial - foi “sacrificado”, em 1969, para construção da piscina semi-olímpica (17 X.25). O fato provocou a reação de vários veteranos que, discordando do Chefe Castelo, decidiram abandonar a FEIJ.



Todos sabem que o Chefe Castelo sempre foi rigoroso no cumprimento de horário, principalmente quando se tratava de jogo esportivo. As partidas de futebol de campo na FEIJ, entre as Associações, eram realizadas aos domingos, às 8h, improrrogavelmente.

Ocorreu que, no ano de 1947, em jogo programado entre a Associação Couto de Magalhães e a Associação Benjamin Sodré, o Chefe Castelo assumiu a responsabilidade de arbitrar a contenda. Faltavam 5 minutos para o início do prélio esportivo, quando ele se dirigiu, com a bola embaixo do braço, ao centro do campo e começou a apitar, convocando os times, para dar início à peleja. As equipes demoraram à beira do campo, por medidas de última hora, como dúvida na escalação de atleta, troca de meias, troca de chuteiras, etc. O Chefe Castelo apitava e balançava o pulso, consultando a hora no seu inseparável “Rolex” (relógio automático de ouro) e nada dos times entrarem em campo. Não esperou 3 minutos além do horário programado para o início do “match”; apitou e decidiu cancelar o jogo por desistência das Associações. Nesse dia não houve jogo de futebol.


Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?