sexta-feira, janeiro 06, 2006

 

HISTÓRICAS

A Federação Educacional Infanto Juvenil (FEIJ) foi fundada no dia 12 de novembro de 1949, por Gonçalo Lagos Castelo Branco Leão, conhecido como Chefe Castelo.

ANTECEDENTES.

A FEIJ tem suas origens na Federação Paraense de Escoteiros.

A Federação Paraense de Escoteiros (FPE) era filiada a Confederação Brasileira de Escoteiros de Terra (CBET), quando, em 1949, a União de Escoteiros do Brasil (UEB) instituiu nova estrutura e extinguiu a CBET. De acordo com a nova estrutura do escotismo brasileiro, a Federação Paraense de Escoteiros seria obrigada a transferir seu patrimônio para União de Escoteiros do Brasil.

Ocorreu que, durante a 5ª Assembléia Nacional Escoteira, realizada no início de outubro de 1949, na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, a FPE comunicou seu desligamento da UEB. A Federação Paraense de Escoteiros foi representada naquela Assembléia pelo Chefe Castelo que, em plenário, leu a decisão de desligamento. Eis o teor do histórico documento:

“Senhor Presidente e Membros

da 5ª Assembléia Nacional Escoteira:

A Federação Paraense de Escoteiros, sociedade civil, organizada para fins educacionais, com existência jurídica assegurada nos termos do Código Civil Brasileiro, tendo em vista que no seu programa educacional segue orientação do método escoteiro criado por Lorde BANDEN POWELL, procurou até a presente data manter-se filiada à Confederação Brasileira de Escoteiros de Terra e, por intermédio dessa Entidade, à União dos Escoteiros do Brasil, com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento e progresso do escotismo nacional e porque os estatutos dessas duas organizações não prejudicavam seu programa de ação e respeitavam quer sua existência jurídica, como sua autonomia.

Considerando, porém, que pelas resoluções tomadas nesta Assembléia, será extinta a Confederação Brasileira de Escoteiros de Terra e dada nova estrutura à União dos Escoteiros do Brasil, estruturação essa que não permitirá à mesma UEB aceitar a filiação da Federação, respeitando a existência desta na forma dos estatutos respectivos, os quais foram aprovados pelo seu poder máximo dirigente, isto é, pela Assembléia Geral, vem a citada sociedade declarar que, a partir desta data, considera-se desligada da União dos Escoteiros do Brasil, a quem não reconhecerá direito de interferência em sua vida administrativa e em seus programas educacionais.

Declara, porém, a Federação, que tendo em vista o seu desejo de não entravar e nem prejudicar de qualquer modo a ação da UEB, que respeitará todos os direitos que essa instituição tenha sobre emblemas, insígnias e outras características estabelecidas em seus Regulamentos Técnicos, mesmo as que não estejam amparadas por Lei.

Deseja a Federação Paraense de Escoteiros esclarecer que, considerando o método escoteiro como um método educacional de caráter universal, o qual não é, nem poderá ser constituído em privilégio de qualquer país, instituição ou indivíduo, que ela continuará a emprega-lo na realização de seu programa educacional, utilizando-se dos princípios que sejam úteis à formação moral, física e intelectual de seus elementos.

Declara, ainda, que é com verdadeiro pesar que a Federação toma a presente atitude, movida unicamente pelo elevado propósito de defender a obra educacional que vem realizando a qual desejada a ver continuada em franco progresso.

Ao desligar-se da Congregação de seus companheiros, a Federação Paraense de Escoteiros expressa: - que continuará a estima-los como irmãos, colocando as suas modestas possibilidades à disposição dos que desejarem a sua colaboração dentro das normas estatutárias.

Com votos de grande sucesso no novo caminho a seguir pela União dos Escoteiros de Brasil, a Federação Paraense de Escoteiros saúda fraternalmente, nas pessoas de seus delegados, todos os Escoteiros do Brasil.

Rio de Janeiro, em 03 de outubro de 1949.”


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