domingo, janeiro 29, 2006

 

A BANDEIRA NACIONAL

A Bandeira Nacional brasileira foi instituída pelo Decreto nº 4, de 19 de novembro de 1889, do Governo Provisório. Ela é símbolo da Pátria e representa o Brasil. Deve ser respeitada e amada da mesma forma que amamos e respeitamos o nosso país.

O dia 19 de novembro é o Dia da Bandeira.

As cores da Bandeira Nacional são quatro:

Verde – Amarela – Azul – Branca

As cores nacionais são duas:

Verde e Amarela.

As medidas da Bandeira Nacional são:

Comprimento = 20 módulos.

Altura = 14 módulos.

Do vértice do losango amarelo à borda do campo retangular verde 1,7 módulo.

Uma esfera celeste está contida no meio do losango, dentro da qual existem 27 estrelas, entre as quais as da constelação do Cruzeiro do Sul, dispostas na sua situação astronômica, quanto à distância e tamanhos relativos, como se apresentavam no céu do Rio de Janeiro, às 20h30, da noite do dia 15 de novembro de 1889 (dia da Proclamação da República), representando os Estados-Membros da Federação mais o Distrito Federal. Estrelas foram sendo acrescentadas à medida que foram surgindo novos estados.

Uma faixa branca em sentido oblíquo e descendente da esquerda para direita atravessa o circulo azul, com a legenda em cor verde - ORDEM E PROGRESSO - (o lema da Bandeira Nacional).

A única estrela (Spica – Alfa de Virgem) sobre a zona branca representa o Estado do Pará. Seria o reconhecimento formal dos positivistas republicanos do verdadeiro federalismo brasileiro, formado pelas duas únicas e autônomas colônias portuguesas na América: o Brasil e o Grão Pará (à época, formado pelo território da atual região amazônica).

Oficialmente, as cores da Bandeira Nacional têm a representação seguinte:

Verde, as nossas riquezas vegetais;

Amarela, as nossas riquezas minerais;

Azul, o nosso céu; e,

Branca, a alegria e a pureza que deve existir no coração de todos os brasileiros.

O lema da Bandeira Nacional lembra aos brasileiros que onde não houver ORDEM não poderá haver PROGRESSO.

Oficialmente, ainda, o idealizador da Bandeira Nacional foi Miguel Lemos e o pintor da Bandeira Nacional foi Décio Vilares.

No dia 11 de maio de 1992, por meio da Lei nº 8.421, foi definida a Bandeira Nacional atual, com 27 estrelas, representando os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal.



Historicamente, a Bandeira Nacional tem seus antecedentes na bandeira imperial, onde o escudo de armas do Brasil foi substituído pela esfera celeste. Proclamada a Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro, que ainda não era I, no dia 18 daquele mesmo mês decretou que “... a bandeira nacional será composta de um paralelogramo verde e nele inscrito um quadrilátero romboidal cor de ouro, ficando ao centro o escudo de armas do Brasil”.

O desenho da bandeira imperial, de autoria do pintor e desenhista francês Jean-Baptiste Debret, com a colaboração de José Bonifácio de Andrada e Silva, está reproduzido em sua obra Voyage pittoresque et historique au Brésil. Debret é um dos pintores vindos na Missão Artística Francesa trazida por D. João VI, em 1816, para estabelecer o ensino das artes no país, desenvolver a Academia de Belas Artes e a Escola de Pintura, com a formação de uma classe de Arquitetura, e teve grande participação na cultural do Brasil, no período de 1816 a 1831.

Acredita-se que Debret tenha sido inspirado pela consciente postura de D. Leopoldina que, ao preparar a festa de recepção a D. Pedro, no Rio de Janeiro, após o Grito no Ipiranga, mandou pregar losangos amarelo-ouro nas faixas verdes; braçadeira para os homens e cinto para as mulheres, com a forte convicção: “O verde-Bragança e o amarelo-Habsburg serão as novas cores do Brasil”.

Na aclamação de D. Pedro, no dia 12 de outubro de 1822 - dia de seu aniversário -, as residências já eram enfeitadas com panos verdes e dourados. O povo, sabiamente, reconhecia que o Brasil surgia independente, sem guerras, graças a D. Pedro, filho da Casa de Bragança, de Portugal, e, a D. Leopoldina, filha da Casa de Habsburg, da Áustria. Depois, em qualquer festa, solenidade, celebrações, desfiles, nos teatros ou nas ruas, para as damas de honra e as camareiras, tudo era preparado com faixas verdes e losangos dourados.

Inegavelmente, o povo brasileiro demonstra coerência com sua formação histórica e, por respeito àqueles que souberam conduzir á Nação brasileira à independência, as cores do Brasil são a verde, da Casa de Bragança, de Portugal, e a amarela, amarelo-ouro, da Casa de Habsburg, da Áustria.


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